O outro lado de Leipzig
Enquanto o RB Leipzig se tornou uma das maiores forças do futebol alemão, turbinado pela Red Bull, dois times tradicionais ainda juntam os seus cacos do passado
Novembro de 2016. Leipzig, Alemanha.
Em uma manhã de domingo clara e com sol, e sem jogos da Bundesliga no fim de semana por conta das Eliminatórias para a Copa do Mundo, a polícia de Leipzig, no leste alemão, se prepara para sua maior operação de segurança da temporada.
Enquanto o RB Leipzig continua a perseguir o Bayern no topo da Bundesliga, os dois times tradicionais da cidade, Chemie Leipzig e Lokomotive Leipzig, foram sorteados para se enfrentar nas quartas-de-final da Copa da Saxônia - o Sachsenpokal. É a primeira vez desde 1985 que os dois rivais se enfrentam em uma partida oficial sob seus nomes atuais, e a polícia ergueu um paredão de metal em torno do Alfred-Kunze-Sportpark, estádio do Chemie Leipzig, no subúrbio nordeste de Leutzsch.
Dois mil policiais com equipamento anti-motim, além de um canhão d'água, helicópteros e veículos blindados foram mobilizados para manter a paz em um dos clássicos mais notórios do futebol alemão. Qualquer pessoa na área ao redor do estádio sem um dos 4.000 ingressos para o jogo será presa, enquanto os dois clubes, em cooperação com as autoridades locais e a polícia, emitiram 150 ordens de proibição para conhecidos hooligans dos dois clubes.
É uma operação de segurança sem precedentes para uma competição semiprofissional (o ‘Lok’ jogava na quarta divisão da Alemanha, e o Chemie na quinta), cujo ostracismo explica, de certa forma, a polêmica chegada do RB Leipzig à cidade.
Volta ao tempo – o lento declínio
Bem-sucedidos na ex-Alemanha Oriental (Chemie venceu a antiga Oberliga duas vezes enquanto o Lokomotiv chegou à final da Recopa da Europa em 1987, perdendo para o Ajax), os dois clubes lutaram para se adaptar ao sistema de livre mercado da Bundesliga, após a reunificação da Alemanha, em 1990. Junto com Dresden, Rostock, Magdeburg e Chemnitz, os dois tiveram uma rápida queda na pirâmide do novo país.
No socialismo “real e existente" da República Democrática Alemã (RDA), os jogadores de futebol "amadores" eram designados a cada clube por ordem do Partido Comunista (SED). Quando o Muro de Berlim caiu, em 1989, os principais jogadores da Alemanha Oriental seguiram para o lado oeste com contratos altamente desvantajosos, negociados por clubes do leste economicamente ainda ingênuos, para os quais o futebol utópico da Alemanha Oriental rapidamente se tornou um futebol “real e existente", com os clubes orientais nas ligas inferiores.
A média de público caiu de acordo com as divisões dos clubes. Tendo atraído multidões de mais de 100.000 pessoas (um partida entre os dois clubes de Leipzig, em 1956, no Zentralstadion, detêm um recorde de público na Alemanha que perdura até hoje), tanto o Lokomotive, quanto o Chemie rapidamente passaram a jogar para pouco mais de dois mil torcedores por jogo.
O futebol não foi a única área da Alemanha Oriental que sofreu após a reunificação. Indústrias e negócios anteriormente estatais também se mudaram para o oeste e milhares de alemães orientais, cujo emprego e renda haviam sido garantidos pelo estado ao longo de cinquenta anos, de repente se viram desempregados em uma economia capitalista, nova e estranha para eles.
Apesar de ainda existir um substancial apoio do governo, que ainda causa ressentimento entre os contribuintes da Alemanha Ocidental, os alemães da parte leste, muitos desempregados, encontraram nas arquibancadas semi-vazias de futebol uma plataforma ideal para expressar suas ideias políticas, cada vez mais extremas. Leipzig não foi exceção. Independente da divisão em que os dois clubes da cidade jogavam ou dos nomes que eles adotaram, os encontros entre Lok e Chemie na década de 1990 e no início dos anos 2000 eram frequentemente marcados por violência de motivação política e hooliganismo.
Os torcedores comuns começaram a se afastar e torcer por times da Bundesliga, mesmo que de longe. Um turista visitando Leipzig, no início dos anos 2000, veria nas ruas mais camisetas de futebol do Borussia Dortmund ou do Bayern de Munique do que as dos locais Lokomotive ou do Chemie.
A chegada da Red Bull
Nesse vácuo esportivo a marca austríaca de bebidas energéticas Red Bull encontrou uma oportunidade, em 2009. Querendo expandir seu portfólio de franquias de futebol, eles cogitaram uma aquisição do Chemie Leipzig. Quando o clube (e a torcida) recusou, a Red Bull comprou a licença de jogo de outro time da quinta divisão, o SSV Makranstädt, de uma cidade vizinha, mudando o nome para RasenBallsport Leipzig ou RB Leipzig para abreviar (marcas são proibidas no futebol alemão).
A equipe joga com as mesmas cores vermelho e branco que suas franquias irmãs, o Red Bull Salzburg, New York Red Bulls e Red Bull Brasil, e mudou-se para o histórico Zentralstadion - rebatizado de Red Bull Arena.
O Chemie joga em verde e branco, as cores do estado da Saxônia, enquanto o Lok joga em azul e amarelo, as cores da cidade de Leipzig.
Apesar da natureza descaradamente comercial de todo o empreendimento da Red Bull, o que atraiu críticas ferozes de torcedores de clubes mais tradicionais em toda a Alemanha, não é difícil ver o apelo deles na cidade, dada a operação de segurança em torno do clássico entre Chemie e Lok.
Conversando com moradores de Leipzig no centro da cidade, na noite anterior ao jogo, muitos se dizem satisfeitos com o RB Leipzig, uma vez que a cidade agora tem uma equipe da Bundesliga para torcer. “Lok e Chemie são clubes grandes e históricos, mas eu não posso mais me incomodar com todas essas bobagens extra-campo”, disse um torcedor de futebol, que costumava assistir aos dois clubes quando era mais jovem. “Só espero que amanhã seja um jogo pacífico.”
“Os torcedores do Red Bull parecem mais sérios em comparação com a torcida de Lok e Chemie, que ainda se comportam feito crianças”, opinou outro torcedor. Quase todos mencionaram o potencial de violência. Chemie e Lok estão bem cientes dos problemas que atormentam os dois clubes - o que levou ambos à falência na década de 2000, antes de serem ressuscitados por torcedores fanáticos.
“Até certo ponto, só podemos culpar a nós mesmos”, admite o presidente do Lokomotive, Jens Kesseler. “Subestimamos a violência e o extremismo de direita que cercavam o nosso clube e não agimos contra isso com o mesmo rigor como fazemos agora. A imagem do Lok como um clube de extrema-direita, ou até um clube nazista, como éramos chamados, era obviamente muito prejudicial e subestimamos o rótulo até um ponto que essa imagem se espalhou pela cidade toda.”
Os jogos do Lok foram considerados por muito tempo como ambientes inadequados para levar a família ou os filhos. Em uma ocasião, torcedores de extrema-direita se organizaram em forma de uma suástica na arquibancada, e num jogo fora de casa, os hooligans estenderam uma faixa que dizia, “Somos Lokistas, assassinos e fascistas”. Torcedores comuns, compreensivelmente, se afastaram.
“Já ouvi muitas pessoas dizerem: ‘Eu costumava torcer pro Lok, mas aí começou toda a violência, gritos e faixas de extrema-direita começaram ’”, lembra Kesseler, “então eles pararam de vir e migraram a torcida para o Red Bull.”
Kesseler, que se afastou do Lok na década de 1990 por conta do aumento da violência, voltou como tesoureiro do clube e agora é o presidente desde 2015, desde então em busca de recuperar a imagem do clube. “Agora somos recebidos de forma muito mais positiva em Leipzig”, diz Kesseler. “Nossa imagem está melhorando, não temos quase nenhum incidente em nosso estádio e temos uma cultura de torcida apaixonada, vibrante e independente. Estamos avançando.”
Atualmente, o Lok pretende retornar ao futebol profissional da terceira divisão em até cinco anos, enquanto o Chemie tenta subir para a quarta divisão dos rivais. Os dois clubes só voltaram da falência graças aos esforços altruístas de torcedores voluntários, que simplesmente não deixaram os clubes morrerem.
Dia de clássico. 9 da manhã. -3° graus.
No estádio Bruno-Plache-Stadion, do Lokomotive Leipzig, ao sul do centro da cidade, a torcida visitante começou a chegar. Vestidos predominantemente de preto e toucas com as cored do time, azul e amarelo, além de cachecóis para se proteger do frio, eles se amontoam tomando café e cerveja enquanto aguardam a chegada do ônibus que os levará até ao estádio do rival sob uma escolta policial.
O clima é pesado. Na ausência de rodada na Bundesliga, a partida é uma chance para Lok e Chemie mostrarem que um futebol normal e pacífico é possível em Leipzig sem a Red Bull. Qualquer lembrança dos problemas seria um desastre financeiro e de relações públicas para ambos os clubes.
A diretoria do Lok distribuiu mais de 100 ordens de proibição para hooligans conhecidos, em um esforço de melhorar a imagem do clube, e é improvável que algum deles tenha conseguido comprar um dos 750 ingressos destinados à torcida visitante. Não há muito mais que os clubes possam fazer e, como outros dias de clássico já mostraram, qualquer problema provavelmente ocorrerá fora do estádio.
Em janeiro do ano passado, hooligans alegadamente ligados à torcida do Lok estavam entre os bandidos neonazistas que destruíram lojas no distrito alternativo de Leipzig, em Connewitz, enquanto apoiadores Antifa de esquerda, ligados ao Chemie, sitiaram um torcedor do Lok em seu apartamento, roubando cachecois e outras memorabilias do clube, além de agredi-lo fisicamente.
Na semana anterior ao clássico, cerca de 100 ultras do Lok vestidos de preto se filmaram invadindo o estádio Alfred-Kunze-Sportpark, do Chemie, antes de ir até a arquibancada com um banner que dizia, "Boa-noite, verde-branco". Efígies verdes com a letra C pendurada pelo pescoço foram espalhadas em várias pontes de Leipzig, aumentando a tensão antes do jogo. A polícia anunciou que os torcedores do Lok não terão permissão para fazer uma marcha para o estádio, pois não pode garantir que torcedores sem ingressos ou banidos não estariam presentes.
A direção do Lok havia inicialmente solicitado que o jogo fosse transferido para a Red Bull Arena, mas o Chemie se recusou a abrir mão da vantagem de jogar em casa. O custo do aluguel do estádio seria de cerca de €70.000 - uma quantia enorme e que eles não podiam pagar, apesar da perspectiva de aumento na demanda. Segundo cálculos do Lok, eles poderiam ter vendido cerca de 10.000 ingressos para uma partida de tal magnitude. A arena moderna também teria sido mais fácil de policiar.
“Teria sido uma grande festa do futebol [na Arena]”, disse o técnico do Lokomotive, Heiko Scholz, que atuou como atacante pelos dois clubes na RDA, antes de jogar por Bayer Leverkusen e Werder Bremen na década de 1990. “Poderíamos mostrar a todos que Leipzig tem muito mais futebol a oferecer do que apenas o Red Bull.” O presidente Kesseler concordou, e disse: “Teríamos muito mais torcedores nos apoiando, mas entendo que o Chemie queira jogar em casa. Em um campo melhor e num ambiente mais neutro, eles teriam mais dificuldades do que nós. ”
Enquanto o comboio de ônibus cruza a cidade, as pessoas comuns passeando nas calçadas numa ensolarada manhã de domingo param para olhar e tirar fotos. "Sim, somos nós, os malvadões!" brincam os fãs do Lok, imaginando o que os passantes provavelmente estivessem pensando, em silêncio.
“Nós não estamos na Bundesliga, não é?” Os torcedores enfatizam cada repetição da palavra "nós" - eles claramente não acreditam que seja um pronome apropriado para usar em conexão com o RB Leipzig, um clube que possui um total de 17 associados, todos eles funcionários da empresa austríaca. “Scheiß RB!” (RB é merda) são os gritos quando o comboio passa pelo antigo Zentralstadion, agora chamado de arena, e equipado com anúncios da Red Bull em vermelho e branco.
1:00 da tarde - Pontapé inicial
Os ônibus chegam ao destino e os torcedores são escoltados para o lado oposto, bem longe dos torcedores da casa. Um canhão de água da polícia pára atrás deles, mas os 750 permanecem em paz, tentando abafar os 2.000 torcedores da casa que lotam a arquibancada Norddamm, atrás do gol oposto - os ultras “Diablos” do Chemie Leipzig tem uma clara influência da sua torcida-irmã do Eintracht Frankfurt.
“BSG Chemie Leipzig” está escrito no mosaico exibido antes da bola rolar, antes de virar as folhas ao contrário para provocar os visitantes com a frase “Gruppo Anti-Lok”. Mas, além de algumas faixas e gritos provocativos, a atmosfera permanece pacífica.
Em campo, porém, os dois times trocam pontapés desde o início. O Chemie não é o primeiro time da história a apostar na retranca contra um adversário mais forte, e a estratégia funciona, e o Lok não consegue impor sua superioridade técnica em um campo duro e irregular no belo e antigo estádio.
“A maioria dos jogadores deles são garotos locais e torcedores do Chemie, realmente dispostos fazer de tudo para ganhar”, disse Ramon Hofmann, meio-campista do Lokomotive, que não jogou por estar voltando de uma contusão. “Muitos dos nossos jogadores vieram contratados de outros clubes. Eles até entendem o significado do clássico, mas não devem cair em provocação.”
Mas é exatamente o que acontece no meio do segundo tempo, quando o zagueiro do Lok, Steffen Fritzsch, tomou o vermelho após uma falta dura contra o capitão do Chemie, Stefan Karau. De qualquer forma, os donos da casa não aproveitam a vantagem de jogar com um a mais e após o zero a zero nos 90 minutos, o 99º Clássico de Leipzig vai para o prorrogação.
A Norddamm fica mais barulhenta e o Chemie fica perto de marcar três vezes - incluindo uma cobrança de falta na trave. Todavia, no último minuto, a bola cai na entrada da área para o craque japonês do Lok, Hiro Watahiki, que fuzila o goleiro, que ainda toca na bola, antes dela balançar a rede. O outro lado do estádio explode.
Quase não há tempo suficiente para reiniciar o jogo antes do apito final, e os jogadores do Lok correm em direção à sua torcida, pulando o alambrado para comemorar com seus torcedores em êxtase. Os jogadores do Chemie permanecem em campo para agradecer à sua torcida, que canta ainda mais alto agradecendo o esforço da equipe. “Os torcedores foram absolutamente impecáveis hoje”, disse o gerente do Chemie, Dietmar Demuth. “Respeito para ambos os lados.”
“Foi uma atmosfera única, e eu nunca experimentei nada parecido”, acrescentou o zagueiro do Lok, Robert Zicker. “O mais importante é que tudo correu pacificamente - isso significa muito”, disse o treinador do Lok, Heiko Scholz, antes de acrescentar. “Obviamente, também estamos muito contentes com o resultado, porque estávamos a seis partidas sem vencer. Mas foi muito importante mandar uma mensagem hoje e mostrar que um outro futebol é possível nesta cidade. ”
O presidente do Lokomotive, Kesseler, também ficou aliviado com o resultado dentro e fora do campo. “Certamente houve tensão antes do jogo”, ele disse. “Em primeiro lugar, de uma perspectiva esportiva, porque é muito difícil ganhar aqui. O Chemie é forte em casa e mostrou isso. Foi uma verdadeira batalha entre duas equipes equilibradas. Eu realmente esperava que ambos grupos de torcedores fossem sensatos porque há muitas pessoas nesta cidade que estavam apenas esperando que algo ruim acontecesse. Isso teria sido desastroso para os dois clubes.”
“Mas acho que todos entenderam isso hoje e, com a ajuda da polícia, tivemos um clássico emocionante, muito disputado e excitante. Foi uma verdadeira celebração aos velhos tempos, quando mais de 100.000 assistiam a esses jogos!”
De acordo com a emissora local MDR, 200.000 pessoas assistiram ao vivo pela televisão. Mais de 300 fãs sem ingressos do Lok acompanharam a partida em um telão colocado no próprio estádio. “É incrível quantas pessoas assistiram ao jogo e isso mostra o quanto este clássico ainda é conhecido”, disse Kesseler. “O fato de termos conseguido vencer é uma grande motivação.”
O futuro
Na liga, o Chemie acabou a temporada com o acesso à quarta divisão (Regionalliga). O Lokomotive, que esteve a ponto de cair, garantiu sua terceira temporada consecutiva na Regionalliga. “Nossa meta é subir de divisão em 2020”, disse Kesseler. “Não será fácil, mas começamos a implementar medidas para aumentar a receita e ter maior orçamento para contratar jogadores. Há muitos times bons nesta liga, com bons jogadores e muito mais dinheiro do que nós. Temos que ser capazes de competir.”
Pela Copa da Saxônia, o Lok acabou perdendo a final em casa frente ao Chemnitz, uma equipe profissional, da 3. Liga. Os vencedores das copas regionais são recompensados com uma vaga para a Copa da Alemanha da temporada seguinte, além do dinheiro. “A chance de ganhar a Copa em casa seria um grande feito para o nosso clube e um grande impulso financeiro também”, diz Kesseler.
Fora do campo, as coisas finalmente estão melhorando para o Lok. Desde o acesso em 2015, o número de sócios cresceu para mais de 2.100, e a diretoria destaca que isso tecnicamente os torna o maior clube de futebol em Leipzig. “Nossos torcedores têm uma filosofia completamente diferente da Red Bull, onde simplesmente querem um evento. No Lok, nossos torcedores podem influenciar diretamente na forma como o clube é dirigido. Acho que isso é importante pois clubes de futebol têm a responsabilidade social de difundir os valores comunitários e educar os jovens”.
Para Kesseler, o que distingue o Lokomotive do Red Bull é essa cultura de torcedores e o sentimento de pertencer a um clube. “Queremos um futebol autêntico e apaixonado, mas um clube que tenha vida própria e não dependa de uma empresa. Lok é futebol puro - e não apenas um evento. Essa é a diferença. ”
Por muito tempo, Lok e Chemie negligenciaram questões sérias dentro de seus clubes e se deixaram envolver em um círculo vicioso de extremismo e violência. Os clubes tradicionais de Leipzig assumem parte da culpa por fazer da cidade um local atraente para mais um empreendimento da Red Bull.
Mas o clássico mostrou que, quando os dois clubes agem com sensatez e levam a sério suas responsabilidades como clubes de futebol, outro futebol é possível em Leipzig.
“Queremos reconstruir algo que já foi lendário em Leipzig”, disse Kesseler. “Há espaço para três clubes nesta cidade.”
Por Matt Ford, originalmente publicado na The Blizzard #24
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PRORROGAÇÃO - Considerações da Corneta Press
É campeão! É penta! Ou não…
Ao contrário do Lok, o Chemie Leipzig ganhou a final da Copa da Saxônia na temporada seguinte (2017/18). É o primeiro título com seu tradicional nome dos tempos da Alemanha Oriental. O clube foi campeão dessa Copa outras quatro vezes, com o nome FC Saachen Leipzig, usado entre 1990 e 2011.
E o Lokomotive, a quantas anda?
O clube passou muito perto de subir pra terceirona em 2020. Após ser o campeão da Regionalliga, perdeu nos playoffs de acesso e continua na quarta divisão, a mesma divisão do seu arqui-rival Chemie.
Já teve outros dérbis de Leipzig depois daquele?
Foram mais quatro clássicos. Duas vitórias do Lok, um empate, e uma do Chemie, no último confronto - 2 a 0 pela quarta divisão, em outubro de 2019.
E o Vfb Leipzig, que jogou a Bundelisga…tô sonhando ou existiu?
Existiu! Jogou a Bundesliga em 1993/94 e foi lanterna e rebaixado. Mas aquele era o próprio Lokomotive, só que com outro nome, após a reunificação. O novo Lok FC é um herdeiro do dois, Vfb e do Lokomotive da Alemanha Oriental.